Líderes mundiais se comprometem na ONU a abordar a resistência aos antimicrobianos
22/09/2016 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:47am
Chefes de Estado dos países membros das Nações Unidas se comprometeram pela primeira vez, ontem (21/9) durante reunião da Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque, a tomar medidas globais coordenadas para enfrentar a ameaça de organismos resistentes a esses medicamentos.
“Os Estados membros concordaram com uma declaração política que proporciona uma base para a comunidade internacional avançar. Nenhum país, setor ou organização pode abordar esse assunto sozinho”, afirmou o presidente do 71º período da sessão da Assembleia Geral, Peter Thomson.
Essa é uma preocupação do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), abordada em diversas ocasiões pelo presidente do CFMV, Benedito Fortes de Arruda que afirma uso de antibióticos de forma indiscriminada e sem nenhum controle tem causado grande preocupação mundial.
“A melhoria da saúde animal promove impacto na saúde humana, diminuindo as doenças dos animais e dos seres humanos, promovendo a saúde pública e alimentos saudáveis. O papel do médico veterinário na produção de alimentos benéficos é essencial para saúde do planeta”, diz Arruda.
De Acordo com ONU, ‘As infecções resistentes a esses medicamentos representam um desafio para a saúde, segurança alimentar e desenvolvimento’. A proposta para combater a proliferação de bactérias, vírus e parasitas desse tipo abrange uma regulamentação mais rígida para o uso de drogas contra patógenos e estudos na área de medicina antimicrobiana.
Na declaração adotada na última quarta-feira, governos se comprometem a desenvolver planos nacionais de ação para o combate a esse problema, tendo como base o plano global OMS desenvolvido em 2015. Além disso, os países irão melhorar o monitoramento e regulamentação do uso medicamentos antimicrobianos nos setores de saúde e agricultura.
Antimicrobianos
A maioria de nós vive mais e com menos doenças, em parte, graças à disponibilidade de medicamentos antimicrobianos potentes e eficazes para o tratamento das doenças infecciosas, utilizados no combate às contaminações causadas por bactérias, fungos, parasitas ou vírus. Muitas pessoas morriam de enfermidades infecciosas até serem descobertos os antimicrobianos na década de quarenta do século passado, é o que relata a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Não obstante, o uso e o abuso dos antimicrobianos na medicina humana e animal, durante os últimos 70 anos, aumentou o número e os tipos de microrganismos resistentes a estes medicamentos, causando mortes, sofrimento e incapacidades, além do aumento do custo da atenção sanitária.
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Assessoria de Comunicação CFMV com informações da OIE